Stellar Blade: uma grata surpresa em 2024

Stellar Blade: uma grata surpresa em 2024

Antes de começarmos, um FELIZ ANO NOVO a todos que estão lendo esse post, e um 2025 com muitas jogatinas pra todos nós.

Fazia um bom tempo que não jogava algo no estilo hack and slash. Lembro que na época do Playstation 2 e 3 era meu tipo de jogo preferido. Depois que me apaixonei pelo estilo souls-like confesso que combates mais soltos, sem tanta necessidade de uma estratégia, acabaram ficando meio chatos pra mim. Até que conheci Stellar Blade e entrei de cabeça na aventura de EVE.

Conheça o jogo: Stellar Blade é um videogame de ação e aventura de 2024 desenvolvido pela Shift Up e publicado pela Sony Interactive Entertainment. Foi lançado para PlayStation 5 em 26 de abril de 2024.

O lançamento de Stellar Blade foi marcado por algumas polêmicas envolvendo a personagem principal EVE, devido a seu visual bastante sexualizado. De início não havia me interessado muito no jogo, mas não por conta dessa polêmica, já que eu realmente não me importo com isso. Mas, conforme as análises foram saindo, principalmente dos jogadores, o jogo parecia ser uma grata surpresa, visto que nós, donos de Playstation 5, não estamos muito bem servidos de jogos nessa geração. Passado um tempo, meu irmão comprou o jogo, pois ele estava bastante interessado na história (contém ironia). Com a opinião positiva de alguém próximo, peguei emprestado com ele há algumas semanas, e já posso adiantar que foi um dos melhores jogos que joguei nesse ano.

Começo frenético

Mas vamos lá. Comecei o jogo com uma bela introdução do esquadrão aéreo no qual EVE faz parte indo em direção a terra, onde a humanidade foi expulsa pelos Naytibas, criaturas monstruosas de diversas variedades e que são os principais inimigos de EVE. Logo de cara é possível ver que realmente a aparência de EVE é um ponto bem forte do jogo: alta, cabelos compridos, corpo escultural, roupa colocada a vácuo, seios balançantes e movimentos de luta que destacam suas ‘habilidades’. Para alguns pode ser bastante apelativo, e no fim é essa mesma a intenção, mas já adianto que o jogo não é somente isso.

Ao chegar na terra você encontra outro anjo, como são chamadas as combatentes do esquadrão, e avançam para fugir do ataque realizado pelos Naytibas. Como já de costume, nos primeiros minutos o jogo vai te mostrando os comandos básicos em uma sequência bastante frenética. Ainda na primeira parte do jogo você conhece Adam, que vai acompanhá-la boa parte da aventura. Sua missão inicialmente é derrotar um Naytiba alfa, um inimigo mais poderoso. Já Adam precisa das hipercélulas de energia para Xion, um refúgio de seres humanos. Então ambos fazem um acordo: ele ajuda ela a derrotar o Naytiba alfa e ela ajuda ele a recuperar as hípercelulas.

Grande variedade de missões.

Bom, não darei spoilers sobre a história, que apesar de não ter muita profundidade tem sua própria personalidade e várias reviravoltas. Ao longo do jogo você conhece vários personagens, que serão os responsáveis por trazer inúmeras missões secundárias para EVE. As missões secundárias do jogo são importantes não só para ter uma maior imersão da história, mas também para receber itens importantes, para upgrades, desbloqueio de trajes e acessórios, entre outros. Algumas áreas de jogo são de mundo aberto, que é onde se concentra a maioria das missões secundárias. Já outras o mapa é linear, e onde normalmente acontece a história do jogo. Conforme vai jogando, são liberados acesso aos mapas, habilidades novas e novas missões secundárias. Tudo bem gerenciável, para que você não se perca durante o jogo e possa evoluir progressivamente.

Além das missões secundárias também temos uma lista bem variada de atividades, que vão desde colecionar latas de bebidas, localizar pessoas, e o mais inusitado de todos: pescar. Inicialmente pensei que fosse apenas um passatempo do jogo, mas não, você tem que escolher a melhor isca, ir aprendendo sobre as técnicas e melhores locais para pesca, além de conhecer Clyde, um simpático meio humano/meio robô que inicialmente não quer muito papo, mas se mostra uma pessoa de bom coração, tranquilo e que ensina EVE as artes da pesca. Mas, o mais engraçado de tudo são os peixes disponíveis para pesca. Inicialmente você pega peixes pequenos, mas conforme vai evoluindo, peixes maiores são pescados até que, em dado momento, você pesca um tubarão-baleia de mais de 13 toneladas! Juro, eu dei muita risada disso justamente pela proposta de ser exagerado.

Deixando a EVE estilosa.

Agora, as roupas da EVE. Uma coisa ninguém pode negar: o visual dela é LINDO! O design das roupas mostra o carinho nos detalhes, na criatividade e na forma como valoriza a personagem. E eu achei uma das partes mais divertidas do jogo justamente procurar pelos nanotrajes, como é chamado, e fiz questão de usar todos, desde os mais comportados até com menos quantidades de tecido possível. Os nanotrajes não acrescentam nenhuma habilidade para a EVE, apenas muda o visual mesmo. E pra quem é fã de Nier, uma DLC paga lançada recentemente traz novos trajes da saga de Yoko Taro. Junto com a DLC também foi lançada uma atualização gratuita que inclui modo fotografia, e com isso mais missões para serem realizadas.

Ponto alto do jogo: lutas e trilha sonora.

Outro ponto que gostei muito de Stellar Blade foi o combate. Além da rapidez do estilo hack and slash, é possível perceber fortes referências ao estilo de combate souls-like, como combate cadenciado, trava de mira, contra-ataques, e o tão famigerado parry (que eu particularmente sou péssima), mas até que me sai bem. Mas fique tranquilo que essa característica não torna Stellar Blade um jogo difícil, já que não tem penalidades caso morra e você pode escolher entre três dificuldades de combate. Como não é necessário para a platina, joguei apenas na dificuldade Normal e História, e apenas alguns poucos momentos tive um pouco mais de trabalho para prosseguir.

Joguei em PT-BR, e confesso que achei que a dublagem deixou a desejar em alguns momentos, principalmente ao conversar com os NPC’s, onde parecia que os atores gravaram várias frases e elas foram colocadas meio fora de ordem ou sem sentido. Mas na história principal correu tudo bem. Agora, a trilha sonora é um dos pontos altos do jogo. Uma diversidade enorme de estilos, do eletrônico ao metal, do pop ao orquestrado (que eu particularmente gosto muito), muito bem executadas e dando um charme a mais em Stellar Blade. A playlist oficial da trilha sonora está disponível no Spotify, e conta com mais de 189 músicas. Vale a pena colocar nos favoritos.

Mas e ai, Ana, gostou de Stellar Blade?

Com certeza! Stellar Blade é um jogo conciso: gameplay divertida, lutas bem sincronizadas, habilidades precisas, visual bonito, história interessante (ainda que falta um pouco de emoção), dificuldade no ponto certo, ou seja, entrega horas e horas de diversão. E, se não me falha a memória, esse foi um dos raros jogos em que platinei sem pesquisar nenhuma informação na internet, a única dúvida que tive foi como fazer um dos finais, e pra isso consultei meu irmão. De resto, usei as ferramentas do jogo, como o upgrade do drone para localizar as latas, explorar cada cantinho das fases e mapas, conversar com os diversos NPC´s para obter informações do jogo. Confesso que foi trabalhoso, mas não é impossível. Levei cerca de 60 horas para platinar Stellar Blade. Com uma ajudinha é possível reduzir bem esse tempo. Recomendo bastante Stellar Blade caso queira um jogo divertido, com uma gameplay simples mas bem executada, belos cenários e ação no ritmo certo.

Avatar de Ana Paula

Gamer desde sempre, casada, adoro cozinhar e fazer atividade física e tenho uma cachorrinha chamada Ciri. Criei esse blog para contar minhas experiências desse universo tão maravilhoso dos games.

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